O socialista Carlos César disse na quarta-feira que o PS não vive obcecado com a votação do Orçamento do Estado (OE) para 2025 e acusou o executivo da Aliança Democrática (AD) de governar mal e promover a instabilidade.
"Este OE nunca será o nosso e nem o Governo terá o nosso apoio para a sua política geral, mas o nosso sentido de Estado obriga-nos a que ponderemos medidas e soluções, sejam fiscais ou sociais, que tornem o orçamento menos mau e o Governo menos perigoso", salientou o presidente do PS, em Tomar, no primeiro dia da Academia Socialista.
Num discurso de mais de 45 minutos antes do jantar, perante uma plateia de jovens, Carlos César frisou que a apresentação de propostas não vai "aprisionar nem desviar" os socialistas da sua "interpretação mais autêntica do interesse nacional".
Salientando que o país é a "primeira preocupação", o dirigente socialista referiu que compete ao PS, "sem se precipitar em ruturas políticas ou aproximações sem critério", continuar a servir Portugal e cooperar com os Governos nas emergências.
A terceira edição da Academia Socialista, dirigida a cerca de 80 jovens entre os 18 e os 30 anos, arrancou na quarta-feira em Tomar e prolonga-se até domingo, dia em que o líder do partido, Pedro Nuno Santos, vai discursar.
Além desta intervenção do secretário-geral do PS, destaque para o regresso do ex-primeiro-ministro António Costa a iniciativas do PS, estando previsto um discurso no jantar de sábado da Academia Socialista.