Dois dias depois do governo de Montenegro tomar posse, já se falava na estabilidade política do país.
Luísa Salgueiro, a autarca de Matosinhos e membro da comissão política nacional do Partido Socialista (PS) defendia, em abril, que o maior partido da oposição e o Governo deviam procurar um "equilíbrio negocial" que permitisse a viabilização do Orçamento do Estado para o próximo ano condicionando o voto dos socialistas à capacidade de diálogo da Aliança Democrática (AD).
Na altura, esta perspetiva afastava-se da que era defendida pelo secretário-geral que dizia que "muito dificilmente" o Partido Socialista (PS) deixaria passar o orçamento por causa das diferenças políticas.
Agora, as posições parecem ser convergentes. O jornal Público avança que, Pedro Nuno Santos, admite viabilizar o documento mas só se o Governo aceitar exigências dos socialistas durante as negociações.
Uma posição expressa por Luísa Salgueiro na Academia Socialista que decorre em Tomar. Ao mesmo tempo que defende a passagem do Governo no primeiro teste, abre a porta à possibilidade de não sobreviver até ao fim da legislatura.
A nova posição do Partido Socialista (PS) afasta-se, ainda assim, do que tem sido defendido por alguns militantes de relevo como Álvaro Beleza. O socialista defendeu que o partido devia viabilizar o orçamento sem qualquer negociação por razões de interesse nacional.
Falta agora saber quais são as exigências do Partido Socialista (PS) e qual a disponibilidade de Luís Montenegro para as aceitar. As negociações para o Orçamento do Estado são retomadas já no próximo mês.