Afinal, não são nem 13 nem 7: serão 10 anos o período em que os jovens vão poder beneficiar do desconto no IRS.
Era uma promessa da campanha eleitoral. Montenegro queria taxar os jovens até aos 35 anos com uma taxa máxima de 15%. Mas foi forçado a ceder, para se aproximar do PS, e repescou o regime que já está em vigor, fazendo alterações.
Atualmente, os jovens podem beneficiar da medida durante cinco anos. O chefe de Governo queria alargar o período para 13 anos, mas o secretário-geral do PS contrapôs com uma proposta de 7 anos.
No final, nem um, nem outro: "Vamos apresentar uma alteração no IRS Jovem, mas que tem a nuance do Partido Socialista, que é passar dos sete anos que o PS propôs - nós propusemos 13 - para 10 anos. Vai ficar no meio caminho”.
"Talvez até tenhamos obtido em sede do IRS Jovem uma solução mais equilibrada do que aquela que tínhamos inicialmente. Não me custa nada reconhecer”, declarou Luís Montenegro, em entrevista à SIC.
Dez anos é a proposta que constará do Orçamento do Estado, que dará entrada, esta quinta-feira, na Assembleia da República.
Outra alteração é a idade que é alargada dos 30 para os 35 anos e passar a ser para todos, com ou sem curso superior.
Por último, é limitado o acesso dos que ganham mais. O limite passa de 80 mil para 28 mil euros de rendimento por ano - 2 mil euros ao mês, ou seja, só para quem ganha até ao 6.º escalão do IRS.
A aplicação da medida vai depender da idade com que o jovem entre no mercado de trabalho. Se for aos 23 anos, o IRS Jovem termina aos 33 anos. Se começar aos 25, o desconto no imposto vai até aos 35 anos.