Orçamento do Estado

PSD e CDS pressionam PS para viabilização, restantes partidos criticam OE

O PS diz que vai usar o tempo que existe até à votação final para uma análise a fundo da proposta do Orçamento do Estado para 2025, e só então decidirá como vai votar o documento.

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O PSD e o CDS pressionam o PS para que viabilize o Orçamento do Estado de 2025, mas os socialistas não se comprometem e querem fazer uma análise profunda e detalhada ao documento.

Com o Orçamento apresentado, agora o palco principal é o Parlamento. Sem acordo para aprovar o documento, os partidos que sustentam o Governo depositam no PS a responsabilidade de viabilizar as contas para 2025.

“Não vejo como é que alguém responsável, com bom senso, possa impedir a viabilização deste Orçamento”, defendeu Hugo Carneiro, do PSD.
“Um Orçamento que vai melhorar os salários, que vai melhorar as pensões, que vai reduzir impostos e que vai garantir o cumprimento integral do PRR. Como é que é possível que a oposição tenha tantas dúvidas em viabilizá-lo?”, questionou Paulo Núncio, do CDS.

Mas, pelo PS, a líder parlamentar Alexandra Leitão lembrou que a proposta de Orçamento do Estado “não tem o acordo” dos socialistas e lamentou “a ausência” no documento das prioridades definidas pelo partido.

O PS promete usar o tempo que existe até à votação final para uma análise a fundo da proposta do Orçamento. Um comportamento de quem está reticente - e os socialistas não são os únicos.

“Estamos perante uma enorme deceção”, declarou Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal. “Para mais do mesmo, mais vale darmos uma oportunidade ao país para uma nova avaliação.”

“Prossegue uma política de degradação dos serviços públicos, de novas privatizações, uma política assente em baixos salários e baixas reformas”, criticou Paula Santos, líder parlamentar do PCP.

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, critica as escolhas feitas pelo Governo, na proposta do Orçamento ao nível da Saúde - temendo um desmantelamento do SNS – e da Habitação - falando nas “rendas mais altas de sempre”.

Rui Tavares, líder do Livre, diz-se “livre” para analisar e alterar o documento.

Inês Sousa Real, líder do PAN, considera que o Orçamento retrocede em matéria de proteção animal e de proteção ambiental.

A votação na generalidade acontece no fim de outubro. Se passar o primeiro teste de fogo, o Orçamento vai ser defendido pelos ministros no Parlamento, em reuniões com os partidos, que vão poder pedir alterações.

O dia do tudo ou nada está marcado para 29 novembro, com a votação final global.