É o ministro da Defesa, Nuno Melo, do CDS, o membro do Governo escolhido para fazer a intervenção final, neste debate, na generalidade, da proposta do Orçamento do Estado para 2025.
O ministro defende que a votação do documento permitirá medir o “sentido de responsabilidade” de quem está na Assembleia da República.
Nuno Melo aponta a incerteza da situação geopolítica global como motivo para a aprovação do Orçamento do Estado para 2025, alegando que esta daria uma visão, para dentro e para fora, de maior estabilidade. O ministro menciona também o argumento do PRR e a necessidade de implementá-lo e cita a Comissão Europeia e a UTAO.
“Votar contra só para se ser do contra é um contrassenso que não serve o interesse nacional”, defende o governante, que faz questão de registar aquele que considera ser um “facto insólito”: que, em democracia, este tenha sido o OE “pelo qual mais se teve de lutar para tentar reduzir impostos” - o que classifica como “oposicionismo patológico e compulsivo”.
Nuno Melo critica tanto a esquerda como a direita, pelos ataques ao documento – e dedica uma secção particular do discurso ao Chega, refutando as acusações de André Ventura de que este Orçamento é uma “traição” às forças de segurança.
“Quem trai os polícias e as forças de segurança é quem vota contra, para que, no dia seguinte, eles fiquem piores", atirou, garantindo que este Orçamento traz a maior valorização de carreiras para este setor.
O ministro da Defesa insiste que este não é um Orçamento que “divide” os portugueses e assegura que o Governo “respeitou as oposições” e esteve “aberto a negociações” para procurar a sua viabilização.
“O Governo fez tudo o que lhe competia”, defende Nuno Melo, sublinhando que seria “absolutamente incompreensível” que, após a viabilização na generalidade, houvesse, na fase de especialidade, um “conluio das oposições para virar o Orçamento do avesso”.
“O Governo cedeu bastante, para termos uma perspetiva de estabilidade. Seria muito estranho ver destruir, na especialidade, o que se construiu na generalidade”, conclui.