Papa Francisco

Papa Francisco internado: "Eu não acho que ele vá parar e renunciar. Ele vai lutar enquanto puder"

Henrique Cymerman, correspondente da SIC no Médio Oriente e amigo do Papa Francisco, garante que o estado de saúde do líder da Igreja Católica é "estável" e revela ter recebido um convite do próprio para um encontro na próxima quinta-feira, caso o Sumo Pontífice deixe o Hospital Gemelli, em Roma, onde está internado.

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O Vaticano informou, esta segunda-feira, que foi necessário alterar o tratamento à infeção respiratória do Papa Francisco para lidar com uma “situação clínica complexa”. O Sumo Pontífice está internado há quatro dias na sequência de uma infeção polimicrobiana das vias respiratórias.

Henrique Cymerman, correspondente da SIC no Médio Oriente e amigo do Papa Francisco, garante que o estado de saúde do líder da Igreja Católica é "estável", sem febre ou qualquer outro tipo de complicação.

"Acabo de falar com uma fonte muito próxima do Papa que me disse que o que ele tem é uma bronquite que não cuidou durante muito tempo. Eu estive com ele em Santa Marta no aparamento dele, há quatro semanas, conversámos durante uma hora e meia e ele já estava bastante constipado naquela altura", refere.

O correspondente da SIC revela que recebeu um convite do Papa Francisco para um encontro na próxima quinta-feira, caso o líder da Igreja Católica deixe o Hospital Gemelli, em Roma, onde está internado.

"Eu tenho-o visto nos últimos seis meses uma vez por mês. Convidou-me há duas semanas, já estava um pouco constipado, mas não estava doente ainda. Neste caso a ideia não é ir ao hospital, a ideia é no caso dele sair para a residência dele em Santa Marta e então poder ir visitá-lo", revela Henrique Cymerman.

O Papa Francisco, de 88 anos, é conhecido pelo ritmo extenuante de trabalho que mantém. Henrique Cymerman acredita que o Sumo Pontífice está consciente de que terá que reduzir a carga de trabalho, embora "não vá ser fácil".

De acordo com o correspondente da SIC, o Papa Francisco tem várias viagens previstas ao Médio Oriente para este ano e por isso não acredita que vá renunciar ao cargo nos próximos tempos.

"Eu não acho que ele vá parar e seguir renunciar. Eu penso que ele vai lutar enquanto puder. Se ele sentir que está totalmente impossibilitado então sim, ele talvez o fizesse. Eu penso que isso será só se ele estiver numa situação que o impede de tomar decisões", afirma.