Após a notícia da morte do Papa Francisco, que morreu durante a madrugada desta segunda-feira, aos 88 anos, o cenário no interior da Basílica de São Pedro, no Vaticano, é comovente, descreve o padre Valter Malaquias à Edição da Manhã, da SIC Notícias.
“Estou aqui dentro da Basílica de São Pedro e o ambiente é de tristeza”, relatou, acrescentando que as milhares de pessoas que estão naquele local estão visivelmente emocionadas, sobretudo por causa do "choque", uma vez que ainda ontem [domingo de Páscoa] o Sumo Pontífice surpreendeu os fiéis ao aparecer na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional bênção "Urbi et Orbi".
"Os rostos são de tristeza, aqui junto do altar da confissão".
O padre recordou também a figura do Papa Francisco, visivelmente fragilizado nos últimos dias, e sublinhou o seu legado de proximidade e cuidado com os mais vulneráveis.
“Até ao fim, aquilo que o Papa Francisco sempre nos mostrou foi o cuidado, a preocupação com o mundo. E a última mensagem do Pontífice foi uma mensagem de paz".
Recorde-se que recentemente o Sumo Pontífice esteve internado durante cinco semanas no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma, onde deu entrada para tratar uma bronquite, que evoluiu para infeção polimicrobiana das vias respiratórias e, posteriormente, para pneumonia bilateral. Teve alta a 23 de março, aquela que foi a sua quarta e mais longa hospitalização desde o início do seu pontificado, em 2013.
Nascido no bairro de Flores, em Buenos Aires, no dia 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio descendia de emigrantes italianos, que chegaram à Argentina em 1927.
Foi o primeiro Papa do continente americano, o primeiro do hemisfério sul e o primeiro jesuíta. Escolheu o nome Francisco em homenagem a Francisco de Assis, que sempre considerou uma referência pela “sua simplicidade e dedicação aos pobres”.