João Maldonado, enviado da SIC a Roma, relata o que sentiu, esta sábado, no funeral do Papa Francisco. Destaca a “serenidade” de quem acompanhou o cortejo fúnebre, as palmas à passagem do caixão e o silêncio no momento seguinte.
O jornalista da SIC conta que acompanhou as cerimónias fúnebres desde a Praça de São Pedro até à Basílica de Santa Maria Maior.
“Impressionou-me a calma, a paz, a serenidade de todos aqueles que, mesmo com imenso calor que se fez em Roma, acompanharam o Papa Francisco até à sua morada final. Fiz quase 1 hora a pé por inúmeros cafés. Estava muito calor, mas não estava ninguém a comprar águas nem praticamente ninguém sentado. Quem estava na rua, estava mesmo atrás do Papa para que o visse nem que fosse por dois ou três segundos. Quando o caixão passou nas ruas, impressionaram-me as palmas. Ouviram-se muitas palmas de todos aqueles que aqui estavam e depois o silêncio, a calma”, relata.
Cerca de meio milhão de pessoas estiveram presentes no funeral do Papa Francisco, este sábado, em Roma, entre eles chefes de Estado de todo o mundo.
Depois da missa, o caixão do Santo Padre seguiu para o cortejo fúnebre, no Papa móvel, passando por locais emblemáticos da capital italiana, como o Coliseu e a Praça Veneza, até chegar à Basílica de Santa Maria Maior, onde Francisco, por sua vontade expressa, ficará sepultado.
O túmulo do Papa Francisco pode ser visitado na Basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma, a partir deste domingo. Está localizado numa das naves laterais, entre a Capela Paulina (também conhecida como Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza, junto ao Altar de São Francisco.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, com um Acidente Vascular Cerebral. Nos próximos dias, o Vaticano anunciará a data de início do conclave. A reunião secreta de cardeais dificilmente terá início antes de 6 de maio.