Rumo à Lua

NASA anuncia nova data para o regresso à Lua

Primeira missão não tripulada do programa Artemis está prevista para 29 de agosto.

A Lua vista da Estação Espacial Internacional pelo astronauta Thomas Pesquet que escreveu nas redes sociais: "A Lua está simbolicamente a aproximar-se à medida que vão avançando os programas para uma nova ida ao satélite natural, como o Módulo de Serviço Europeu para a nave espacial Orion da NASA".
A Lua vista da Estação Espacial Internacional pelo astronauta Thomas Pesquet que escreveu nas redes sociais: "A Lua está simbolicamente a aproximar-se à medida que vão avançando os programas para uma nova ida ao satélite natural, como o Módulo de Serviço Europeu para a nave espacial Orion da NASA".
ESA/NASA–T. Pesquet

A data está finalmente a aproximar-se depois de vários adiamentos: Artemis 1, a primeira missão do programa norte-americano para o regresso à Lua, pode descolar já a 29 de agosto, anunciou a NASA na quarta-feira. O anúncio foi feito no aniversário da chegada da missão Apollo 11 à Lua, a 20 de julho de 1969.

Mais de meio século depois de o primeiro homem pisar a Lua, o programa Artemis vai marcar o regresso de astronautas ao satélite natural da Terra, incluindo a primeira mulher, como parte da missão da viagem a Marte.

Artemis 1

No entanto, esta primeira missão Artemis 1 ainda não terá levará um astronauta a bordo.

Inicialmente previsto para o início deste ano, o seu lançamento teve que ser adiado para completar um teste na plataforma de lançamento em junho.

A missão visa testar o novo foguetão gigante da NASA, SLS (Space Launch System), e a cápsula Orion colocada no topo e onde viajarão as tripulações a partir da missão Artemis 2.

O primeiro voo do SLS poderá então acontecer a 29 de agosto mas há outras duas datas alternativas: 2 ou 5 de setembro, sempre a partir de Cabo Canaveral, Florida.

Cápsula Orion

A cápsula, uma vez impulsionada pelo foguetão, irá até à Lua e entrará na sua órbita, para depois regressar à Terra, numa missão que pode durar de 39 a 42 dias.

A Orion já fez um voo de teste em 2014, lançada por um foguetão Delta IV. Na altura completou duas voltas à Terra para testar o seu escudo térmico.

Mas desta vez, a cápsula regressará de muito mais longe e, portanto, terá que suportar condições muito mais extremas na reentrada da atmosfera terrestre: uma velocidade de quase 40.000 km/h e uma temperatura "metade do calor do Sol", sublinhou durante uma conferência de imprensa Mike Sarafin, encarregado da missão na NASA.

Além desse primeiro objetivo, a missão deve demonstrar a capacidade de a nave funcionar no espaço profundo e de ser recuperada depois de cair no oceano.

A nave espacial Orion para a missão Artemis I transportada para o porto espacial da Florida onde serão integrados componentes do sistema de lançamento. Com lançamento previsto para o final deste ano, Artemis I será uma missão de teste da Orion e do foguetão SLS para futuros voos tripulados para a Lua. Os Módulos de Serviço Europeu (ESM) que fornecem energia à nave espacial Orion são a contribuição da ESA para o programa Artemis da NASA.
A nave espacial Orion para a missão Artemis I transportada para o porto espacial da Florida . NASA/Isaac Watson

Artemis II e Artemis III

A Artemis II está atualmente programada para 2024. Esta será a primeira missão com astronautas a bordo, não ainda vai pousar na Lua, vai simplesmente circular à sua volta.

Será a tripulação da missão Artemis III, prevista para 2025, que deverá pisar de novo a Lua. A última vez que os humanos pousaram na Lua foi durante a missão Apollo 17, em 1972.

Europa também quer ir à Lua

A ESA participa na missão Artemis com o módulo de serviço construído na Europa - European Service Module - que fornece energia e propulsão para a nave espacial Orion e também fornecerá água e ar para os astronautas em futuras missões.

O projeto Gateway é outro projeto em que a ESA participa e uma parte fundamental da missão Artemis - será um posto na órbita da Lua que vai fornecer um apoio vital no regresso de seres humanos à Lua. Será também um importante ponto de partida para a exploração do espaço profundo e de uma futura ida a Marte.