Rumo à Lua

SpaceX lança robô privado Odysseus em missão pioneira à Lua

Se tudo correr conforme o planeado, Odysseus pousará perto do polo sul da Lua em 22 de fevereiro, tornando-se a primeira missão privada a pousar na superfície lunar.

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A segunda missão norte-americana à Lua deste ano, a IM-1 da Intuitive Machines, foj lançada esta madrugada de Cabo Canaveral, na Florida, a bordo de um foguetão Falcon 9 da SpaceX.

O lançamento da missão IM-1, que tinha sido adiado na manhã de quarta-feira devido a anomalias durante o processo de carregamento de metano, aconteceu à hora programada, 01:05 (06:05 em Lisboa) do Centro Espacial Kennedy.

A missão leva a bordo Odysseus, um módulo lunar robótico e a sonda Nova-C até ao limite da cratera Malapert A, perto do polo sul da Lua.

É a segunda missão privada lançada este ano para a Lua. A primeira, a missão Peregrine lançada a 8 de janeiro, acabou por falhar.

Módulo lunar robótico

O Odysseus, equipado com um sistema de propulsão alimentado por uma mistura de oxigénio e metano, descolou no interior do foguetão Falcon 9 e, uma vez em órbita, separou-se do foguetão e seguiu em direção à Lua.

Caso o Odysseus consiga pousar na superfície lunar, algo que a NASA prevê para 22 de fevereiro, será também o primeiro módulo norte-americano a pousar na Lua em mais de 50 anos, desde a missão Apolo 17, em 1972.

O principal objetivo da missão é levar seis cargas da NASA com instrumentos para pesquisas e testes tecnológicos ao polo sul da Lua, região que permanece inexplorada, o que facilitará o trabalho das tripulações das futuras missões Artemis.

O pouso será junto ao maciço Malapert, a cerca de 300 quilómetros do polo sul da Lua, uma área "cheia de incerteza", de acordo com especialistas da NASA, que acreditam ser composta por material das terras altas lunares, semelhante ao local de pouso da Apolo 16.

O Odysseus terá cerca de sete dias para terminar as operações antes da noite lunar chegar ao polo sul e deixar o módulo sem energia, disse a Intuitive Machines, empresa com sede no Texas (centro-sul).

Graças à carga útil do módulo, a agência aeroespacial norte-americana será capaz de estudar o clima espacial e as interações da superfície lunar e testar tecnologias de pouso de precisão para futuros sistemas de navegação autónomos.

Tanto o Peregrine como o Odysseus Peregrine foram desenvolvidos no âmbito do programa Commercial Lunar Payload Services da NASA, com o qual contrata empresas aeroespaciais para enviar testes ao satélite da Terra.

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