A professora Clementina Ferreira disse à SIC Notícias que ela, a colega e o grupo de estudantes, jovens com idades entre os 16 e 18 anos, estavam na cidade de Adana, na Turquia, ao abrigo do programa Erasmus + quando sentiram o primeiro tremor de terra.
O grupo, que chegou à cidade no sábado a noite, estava a dormir no hotel, quando o forte abalo os acordou.
“Alguns de nós não sabiam o que aquilo era. Eu por acaso percebi imediatamente que era um tremor de terra. Foi relativamente rápido, um minuto, não sei exatamente, e na sequência disso saímos para o exterior , onde nos pediram para nos mantermos durante pelo menos duas horas”, relevou a professora.
No intervalo entre um sismo e outro, a professora descreve que passaram “calmamente”, pois não sabiam “se iria haver um segundo ou não, portanto estávamos na expectativa. Um bocadinho assustados, mas sem nenhuma ansiedade especial”.
No momento do segundo sismo, a docente admite que o sentimento de medo aumentou, uma vez que “mais ou menos a 100 metros de distância colapsou um edifício”, cenário que alguns alunos viram.
“Após esta réplica, entraram em contacto com a escola, que tentou entrar em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Portugal. (…) O meu pedido foi: por favor, tirem-nos daqui o mais depressa que puderem”.
Neste momento, o grupo de oito portugueses está já às portas de Ancara. Um autocarro alugado vai levá-los até Istambul, onde irão apanhar o avião para o Porto, prevendo-se que cheguem a Portugal esta quarta-feira.
Apesar de assustado com tudo o que viveu, o grupo encontra-se bem disposto e nunca a sua segurança esteve em risco.