A Organização Mundial de Saúde (OMS) destinou 2,7 milhões de euros do seu fundo de emergência ao envio da ajuda à Síria e a Turquia, atingidas por um grande terramoto, disse esta quarta-feira o diretor-geral da agência da ONU.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, que falava em conferência de imprensa, adiantou que a partir desta quarta-feira será enviado equipamento médico para assistir os dois países.
Segundo o responsável, um primeiro voo com ajuda, procedente da plataforma logística do Dubai (Emirados Árabes Unidos), chegará nas próximas horas a Istambul (Turquia) e um outro com destino a Damasco (capital da Síria) está pronto a partir.
Um segundo voo para Damasco está previsto para breve, disse ainda Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Oferecemos as nossas mais profundas condolências aos afetados" pelo sismo, registado na segunda-feira na fronteira entre a Turquia e a Síria e que foi seguido de fortes réplicas, disse o diretor-geral da OMS, assinalando que as más condições do tempo e as réplicas do tremor de terra dificultam as operações de resgate e salvamento.As organizações e as equipas de socorro "estão numa corrida contra o tempo para salvar vidas", acrescentou, referindo que cerca de três dezenas de especialistas médicos da OMS, assim como profissionais de vários países especializados em emergências foram designados para os dois países.
Na sequência do pedido de ajuda feito esta quarta-feira por Damasco, a Comissão Europeia comunicou o envio de uma verba de 3,5 milhões de euros para a Síria, destinados a financiar o acesso de desalojados a abrigo, água e saneamento, bem como a sustentar operações de busca e salvamento.
Os abalos, o maior dos quais com magnitude 7,8 na escala de Richter, derrubaram milhares de edifícios no sul da Turquia e no norte da Síria e causaram pelo menos 11.200 mortos nos dois países.
A agência da ONU dedicada à saúde tinha admitido na terça-feira que o número de pessoas afetadas pelos terramotos pode chegar aos 23 milhões, prometendo ajuda de longo prazo.
