A situação no noroeste é particularmente grave, porque uma parte da ajuda humanitária não está a chegar a quem mais precisa, devido à guerra civil na Síria.
O comboio humanitário enviado de uma área síria controlada pelas forças curdas, com destino a uma das zonas mais afetadas pelo sismo no noroeste sírio, mas que está sob controlo de fações rebeldes apoiadas pela Turquia, foi travado numa das muitas fronteiras que a guerra levantou na última década.
A politização da ajuda humanitária, que sempre existiu, ganhou novos contornos na Síria, com consequências catastróficas para as populações mais atingidas pelo terramoto.
O comboio humanitário deveria chegar a áreas controladas por rebeldes que lutam contra o regime de Bashar Al Assad, mas também a zonas sob domínio das forças leais ao Presidente sírio.
O bloqueio desta ajuda é apenas um exemplo das dificuldades de acesso a este terreno minado pela multiplicação de fações e pelas relações hostis entre Damasco e Ancara.