O presidente da Associação de Gestão e Administração de Condomínios lembra que em mais de 3 milhões de habitações familiares, não chega a 500 mil o número das que têm contratada a cobertura de fenómenos sísmicos. Em entrevista à SIC Notícias, Vítor Amaral lamenta a falta de sensibilidade para a prevenção e acredita que o incentivo à certificação antissísmico dos edifícios levaria a uma redução dos preços praticados pelas seguradores.
O seguro multirriscos, na maior parte das seguradoras, tem um leque de coberturas base muito reduzido, como o incêndio, tempestades, inundações e pouco mais. Coberturas importantes, pelo que se conhece pela sinistralidade inventariada.
Assim, a cobertura de “fenómenos sísmicos”, que poderia cobrir os danos provocados por um terramoto, como aconteceu recentemente na Turquia, não faz parte das coberturas base, muitas vezes pelo facto de ser uma cobertura que tem uma taxa elevada e onera bastante o seguro. Porém, é um erro, porque o nosso país tem algumas regiões de elevado risco de vir a ocorrer um terramoto a qualquer altura.
O número de mortos causados pelos terramotos na Turquia e na Síria ultrapassou os 28.000, de acordo com os mais recentes relatórios oficiais dos dois países, enquanto prosseguem as operações para resgatar sobreviventes entre os escombros.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 26 milhões de pessoas tenham sido afetadas pelos sismos, "incluindo cerca de cinco milhões de pessoas vulneráveis", de acordo com a organização, cujo diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chegou hoje a Alepo, na Síria.
A Síria e a Turquia foram atingidas, na madrugada de segunda-feira, por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.