A mãe de Aya entrou em trabalho de parto logo após a casa onde morava ter desabado na sequência do sismo na Síria, a 6 de fevereiro.
Aya nasceu no meio escombros e ainda estava ligada com o cordão umbilical à mãe quando foi encontrada. Tornou-se num “bebé milagre”: a mãe, o pai, os quatros irmãos e uma tia não sobreviveram.
Foi levada em estado crítico para o hospital com hematomas, frio e dificuldades respiratória, disse o pediatra Hani Marouf à BBC. A bebé reagiu ao tratamento e acabou por estabilizar.
A história de Aya espalhou-se rapidamente, muitas pessoas ficaram sensibilizadas e disponibilizaram-se para adotar a bebé. Mas segundo a BBC, os serviços de saúde pretendem priorizar o bem estar de Aya e assegurar que o processo de adoção corre bem.
No entanto, esta quarta-feira surgiu a notícia de que Aya tinha sido transferida para um “local seguro” na sequência de uma tentativa de sequestro.
A Direção de Saúde de Afrin (distrito de Aleppo) terá tomado esta medida de precaução para proteger a bebé de um possível sequestro e fraude de adoção, disse uma fonte à BBC. Mas o diretor clínico do hospital onde estava internada já veio negar estas declarações, afirmando que foram “um mal-entendido”.
"Esta foi uma questão totalmente interna relacionada com o hospital e não teve nenhuma ligação com a bebé", disse.
O que é certo é que na segunda-feira ocorreu no hospital um incidente violento, diz a BBC. Um enfermeiro, acompanhado por dois homens armados, terá espancado um dos responsáveis do hospital.
Neste momento, a bebé estará nesse “local seguro” e Khalid Attiah, responsável do hospital, informou que estava a ser amamentada pela mulher, tal como a sua filha de quatro meses, e que juntos cuidariam dela até encontrar uma família.