O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou esta quarta-feira que a CEO da TAP não foi impedida de apresentar os resultados de 2022, mas que face ao "cenário de transição" se entendeu que não faria sentido fazer uma conferência de imprensa.
"Foi falado entre a tutela e o conselho de administração e entendeu-se no cenário de transição, como aquele que vivemos, não fazia grande sentido fazer uma conferência de imprensa a apresentar resultados", explicou.
João Galamba falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da audição regimental. Questionado pelo deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira porque razão tinha sido impedida a presidente executiva (CEO) da TAP de apresentar os resultados, João Galamba disse que:
“[Christine Ourmières-Widener] não foi impedida, porque não foi pedido e, portanto, quando não se pede, não se pode ser impedido”.
A TAP encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, um aumento de 1.664,7 milhões de euros em relação ao ano anterior, informou a transportadora aérea.
“Com o anuncio de ontem [os lucros recorde] ficou demonstrada a resiliência e a capacidade de auto-superação da TAP. A companhia apresentou receitas recorde acima dos valores de 2019 e lucros superiores a 65 milhões de euros”, salientou o ministro das Infraestruturas.
"Estes resultados superam todas as expectativas", a receita "está 200 milhões acima do esperado e o lucro só não foi maior porque estamos numa crise energética e pagaram mais de 400 milhões de euros de 'jet fuel'", frisou o ministro.