Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP reuniram-se esta quinta-feira com o novo Presidente da companhia. Estão confiantes que Luís Rodrigues seja capaz de liderar um ‘novo ciclo’ da companhia, sem interferência política.
A representar o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Tiago Faria Lopes, realça que todos foram “recebidos de forma muito afável” e que perceberam que, com Luís Rodrigues, podem “ter um novo ciclo para elevar a TAP para onde merece: o topo das companhias aéreas".
Ricardo Penarroias, do Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil, afirma que “não haver interferência política” é um “fator primordial” para a ‘nova’ TAP.
“[Luís Rodrigues] ouviu com muita atenção, tirou anotações. Disse que está muito preocupado com o momento atual da TAP, mas que vê com uma perspetiva muito interessante a evolução para sairmos deste mal estar” (…) Esperamos que ele garanta uma paz social. O crescimento desta companhia não foi feita com uma folha de excel, mas com dedicação e profissionalismo das pessoas", frisa Penarroias.
Já Jorge Alves, representante do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, espera algo “que seja bom para os dois lados”, de modo a que a TAP prospere e o país tenha “futuro na manutenção de aeronaves”. É mais um trabalhador a dizer ‘não’ à interferência polícia.
“É mais que desejável que não exista ingerência policia, pois os políticos não so técnicos. Precisamos de pessoas com ‘know-how’, que consigam fazer o que é preciso para colocar a companhia nos patamares que merece”, diz.
Luís Rodrigues sucedeu a Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja
Luís Rodrigues tomou posse na última sexta-feira como presidente da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da TAP, sucedendo a Christine Ourmières-Widener e a Manuel Beja, afastados pelo Governo após o escândalo que envolveu o despedimento de Alexandra Reis, com 500 mil euros de indemnização paga pela TAP.
O anúncio foi realizado, na quarta-feira, pelo Ministério das Finanças, que adiantou, em comunicado, que a entrada em funções foi aprovada em assembleia-geral de acionistas, na qual o Estado se fez representar pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).
Luís Rodrigues estava na Sata, tendo antes passado pela Nova School Business and Economics.