A SIC revelou esta quinta-feira que, a 17 de janeiro, na reunião secreta entre PS e a ex-CEO da TAP, foram combinadas as perguntas e respostas para a audição do dia seguinte.
Mariana Mortágua afirma que a conclusão a tirar de mais uma polémica a envolver a TAP é que o “Governo é uma trapalhada e no meio disto tudo mentiu”.
A deputada do Bloco de Esquerda diz que falta perceber em que contexto a ex-CEO da TAP decide participar na reunião secreta e “como é que sequer teve conhecimento” da mesma.
“A grande conclusão é que há uma relação de proximidade que não se compreende (...) quebrando uma independência que deveria existir e que é regra de boa gestão”, conclui.
Bernardo Blanco acrescenta que estas revelações indiciam “má gestão do Estado e má gestão partidária que o PS tem feito da companhia”.
Concordando com Mariana Mortágua, o deputado da Iniciativa Liberal afirma que está ainda por perceber se foi Christine Ourmiéres-Widener que se "auto-convidou" e como é que teve conhecimento da agenda do grupo parlamentar socialista.
“O Parlamento não deve ser uma fantochada, um teatro, e as perguntas devem ser feitas na audição. Não é um dia antes, na reunião, já sabendo as respostas, e no dia seguinte fazer as perguntas como se não tivesse havido reunião no dia anterior”.
O deputado acrescenta ainda que todo este processo está “inquinado” desde o início.