TAP: o futuro e as polémicas

TAP: Ex-CEO admite que companhia perdeu 80 milhões de euros por mês em 2020

Ramiro Sequeira, que foi ouvido na comissão de inquérito da TAP, foi CEO interino da companhia nos primeiros meses de pandemia e assume que as decisões tomadas na altura não agradaram "a ninguém".

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Ramiro Sequeira, antecessor de Christine Ourmières-Widener, só soube da saída de Alexandra Reis da TAP, quando o acordo já estava formalizado e conta que em 2020 a TAP esteve a perder dinheiro a um ritmo de 80 milhões de euros por mês.

Ramiro Sequeira, que ainda está a ser ouvido na comissão de inquérito, entrou na TAP em 2018 em plena gestão privada como diretor geral de operações, mas a pandemia fez com que assumisse o cargo de CEO interino no pior momento da historia da companhia.

"Quando olhávamos pela janela e tínhamos toda a frota parada e com dificuldades em pagar contas, porque queimávamos 80 milhões por mês, não agradou a ninguém, pelo menos a mim, ter que avançar com esse potencial despedimento", refere o antecessor de Christine Ourmières-Widener.

Com a saída do acionista privado David Neelman, e o então CEO Antonoaldo Neves, coube a Ramiro Sequeira fechar os acordos de emergências com os sindicatos para viabilizar a entrega do Plano de Reestruturação em Bruxelas.

Já com a chegada de Christine Ourmierés-Widener, Ramiro retomou a função inicial, onde permanece, até agora, e diz que nunca se apercebeu das divergências entre a então CEO e Alexandra Reis.

Ramiro Sequeira garante que não sabia das negociações entre a TAP e Alexandra Reis e que só soube da saída da administradora quando o acordo foi formalizado.