O ex-secretário de Estado do Tesouro afirmou que Bruxelas não mandou despedir trabalhadores da TAP, nem vender a companhia, mas reconheceu que o Plano de Reestruturação e a injeção de dinheiro do Estado só podia avançar com redução de custos e de pessoal. Ouvido no Parlamento, Miguel Cruz revelou que não foi informado da indemnização a Alexandra Reis.
Depois de ser presidente da Parpública, foi secretário de Estado do Tesouro, com a tutela financeira da TAP.
Entrou em funções em junho de 2020 e deixou o cargo em março de 2022, um mês depois da saída de Alexandra Reis.
Soube da renúncia no dia em que foi publicada na CMVM. Da indemnização só soube meses depois, pela comunicação social.
Alexandra Reis saiu poucos meses depois do então administrador financeiro da companhia, Weber Gameiro. Miguel Cruz comentou a saída de Alexandra Reis com o na altura ministro das finanças, João Leão.
Miguel Cruz estava no Governo quando foi preparado e aprovado o plano de reestruturação da TAP, que implicou despedimentos e cortes salariais que ainda não foram revertidos.
Em abril, o Governo anunciou que vai avançar com o processo de privatização da TAP o ex-secretário de Estado do Tesouro garantiu aos deputados que compromisso com Bruxelas não obrigava à venda.
Os trabalhos da comissão de inquérito à TAP continuam esta quarta-feira.