TAP: o futuro e as polémicas

David Neeleman acusa Governo de desonestidade e de fazer pressão sobre a administração da TAP

Num artigo publicado no Observador para preservar a sua honra, o ex-acionista da TAP defendeu a sua posição na comissão executiva e acusou o Governo de querer branquear a sua ação.

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David Neeleman acusa os governantes de desonestidade, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no jornal Observador. O empresário e ex-acionista da TAP, lembra também que os fundos Airbus entraram na companhia em 2016, já com o Governo PS.

O ex-acionista da TAP revela que se sentiu compelido a defender a honra, depois do que tem ouvido na Comissão de Inquérito sobre a companhia e entende que haverá "uma estratégia clara de ex-governantes de esconder os seus erros e desviar a atenção do que foi realmente a gestão pública da TAP nos últimos anos, à custa da minha honra e reputação".

Na perspetiva de David Neelman, "a Airbus só ajudou a TAP (...) porque acreditava em mim e na nossa equipa, na minha experiência na indústria da aviação e, principalmente, porque confiava que o nosso plano estratégico para a TAP iria permitir um turn around da empresa, o que aliás se veio a confirmar.".

Considerando que deve explicar-se publicamente, o empresário acusa mesmo o poder político de "(...) ingerências e pressões inaceitáveis do poder político sobre a comissão executiva da TAP durante a nossa gestão.".

O texto é publicado no jornal Observador, um dia depois do eurodeputado comunista João Pimenta Lopes, ter questionado a Comissão Europeia sobre a ligação de David Neeleman à Airbus, que alegadamente terá lesado a TAP Air Portugal em 444 milhões de euros.