TAP: o futuro e as polémicas

Estado pode ganhar zero euros com a privatização da TAP

A TAP tem duas realidades: de um lado a TAP boa, que pesa 1200 milhões de euros positivos, do outro, a TAP SGPS que equivale a um buraco de 1200 milhões de euros negativos.

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As avaliações da TAP que apontam para um valor entre 1100 e 1200 milhões de euros. A SIC sabe que este poderá ser o valor a considerar pelas Finanças na privatização.

Mas nas contas do Estado ainda está a "TAP má" que tem um buraco de 1200 milhões de euros. No final, o balanço da privatização para o Estado será zero, apesar de os contribuintes terem posto 3200 milhões de euros no grupo.

A TAP tem duas realidades e o resultado não é o melhor, é como se tivesse um lado bom e um lado mau: o lado bom é a TAP SA, que voa pelo mundo com um valor contabilistico de cerca de 500 milhões de euros. resultado da diferença entre aviões, edifícios, contas bancárias, créditos, entre outros, menos o passivo que são todas as dívidas, nomeadamente, aos bancos e aos fornecedores e leasings de aviões

Ao valor deste capital de cerca de 500 milhões é preciso somar aproximadamente 600 milhões do valor futuro do negócio, associado às suas rotas. O que corresponde um valor aproximado de 1200 milhões de euros.

Voltando atrás no tempo, foi nesta TAP de bandeira que o Governo injetou 3.200 milhões de euros para atenuar a crise, durante a pandemia. O mesmo é dizer que 2 mil milhoes de euros dos contibuintes desapareceram mas ainda assim o saldo é positivo, os tais: 1200 milhões de euros.

A turbulência acontece quando no pacote entra o lado negro da TAP: a TAP SGPS que detem empresas como a Portugalia, uma empresa de saúde e a empresa de handling Groundforce, em falência técnica com prejuízos acumulados na manutenção do Brasil. Números rendondos, este lado mau da TAP equivale a um buraco aproximado de 1200 milhões de euros.

Resultado, no prato da balança: de um lado a TAP boa pesa 1200 milhões de euros positivos, do outro, a TAP SGPS , 1200 milhões negativos. O que se traduz numa dor de cabeça na hora da privatização.

Para o Estado resolver o problema fica com praticamente zero euros .

Outra opção é vender a empresa por 1200 milhões de euros, mas nesse caso mantem um problema: a TAP SGPS que também fazia parte do grupo TAP e fica a pesar nas contas do Estado, isto é no bolso dos contribuintes.

A SIC contactou os ministérios das Finanças e Infraestruturas que para já, não comentam.