Pelo menos 22 milicianos pró-Irão morreram esta sexta-feira num bombardeamento dos Estados Unidos no leste da Síria, na província de Deir Ezzor, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), num novo balanço do ataque aéreo.
No anterior balanço da primeira ação militar conhecida sob a égide do Presidente Joe Biden, que iniciou o mandato no final de janeiro, o OSDH tinha dado conta de 17 combatentes pró-iranianos mortos.
Rami Abdel Rahmane, diretor da organização não-governamental com sede no Reino Unido, disse que "os ataques destruíram três camiões de munições".
O bombardeamento terá destruído também um carregamento de armas que acabava de cruzar a fronteira com o Iraque na zona de Abul Kamal, na província síria de Deir Ezzor.
"Em resposta a ataques recentes contra funcionários dos Estados Unidos e da Coligação no Iraque"
Os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo contra uma "infraestrutura utilizada por milícias apoiadas" por Teerão no leste da Síria, anunciou o Pentágono.
"Os ataques foram autorizados em resposta a ataques recentes contra funcionários dos Estados Unidos e da Coligação no Iraque, e ameaças contínuas contra estes funcionários", disse o porta-voz do Departamento da Defesa dos EUA, John Kirby, em comunicado.
Já Lloyd Austin, secretário da Defesa dos EUA, que falava aos jornalistas, confirma:
"Estamos confiantes em relação ao alvo que perseguimos, sabemos bem aquilo que atacámos. Estamos confiantes para afirmar que esse alvo estava a ser usado pela mesma milícia xiita que realizou os ataques".
Os ataques contra infraestruturas norte-americanas no Iraque aumentarem desde que os Estados Unidos mataram em janeiro de 2020 um poderoso general iraniano, Qassem Suleimani, e um comandante iraquiano de milícias pró-iranianas num ataque aéreo no aeroporto de Bagdad.