Para muitos dos habitantes na zona afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande em 2017, o território tem sido esquecido. Há queixas de que a floresta se está a tornar novamente um perigo por falta de ordenamento e que os apoios têm faltado para que o território renasça.
Quatro anos depois da tragédia continua a ser difícil a muitos partilhar de viva voz o que quase todos vão dizendo acerca das maleitas que persistem nos concelhos afetados pelo fogo.
Por exemplo na floresta. Apesar das principais vias mostrarem trabalhos, as estradas secundárias e o resto do território nem por isso. O receio aumenta a cada Verão.
As lembranças de 2017 vão persistindo na paisagem e o eucalipto continua a preencher a vista. Reclama-se investimento e gestão da floresta.
Passados quatro anos, há quem sinta o território deixado ao abandono pelo poder central.
As promessas para recuperar a zona afetada foram muitas, mas a esperança no reerguer da região tem decaído continuamente.
A confiança no renascer é pouca. Resta sobretudo, a marca de saudade daqueles que a tragédia roubou à vida.