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Com apenas um terço do previsto para este trimestre, UE admite acionar mecanismo contra AstraZeneca

UE quer impedir favorecimentos de britânicos. Londres acusa União Europeia de provocação.

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A Comissão Europeia prepara-se para ativar o mecanismo de resolução de conflitos previsto no contrato com a AstraZeneca. Em causa estão os incumprimentos da farmacêutica anglosueca no fornecimento de doses da vacina no primeiro e segundo trimestres.

Este trimestre, a farmacêutica só vai entregar 30 das 90 milhões de vacinas compradas pelos 27. Para o próximo trimestre, o contrato é de 180 milhões. A previsão de entrega é já inferior a metade da encomenda.

Já na quarta-feira, a própria presidente da Comissão Europeia tinha apontado o dedo à Astrazeneca e ao Reino Unido, onde a companhia tem sede e duas das principais fábricas.

O New York Times fala já na confusão das vacinas na Europa e aponta três motivos: há demasiada burocracia entre os 27 estados-membros, com consensos quase impossíveis; Bruxelas regateou sempre o preço com as farmacêuticas e, com americanos e israelitas a pagar mais para obter mais depressa as vacinas, os europeus ficaram em fila de espera; segundo as sondagens, o continente europeu regista maior ceticismo à vacinação que a China ou os Estados Unidos.

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