A vacinação dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos que não tenham doenças não será feita para já. Depois da Direção-Geral de Saúde (DGS), também a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) veio dizer que não é uma prioridade. Para os pediatras, é prudente esperar até haver mais informação científica e verificar o que acontece em países que estão a vacinara esta faixa etária.
Apesar de não haver entraves para vacinar contra a covid-19 os jovens entre os 16 e 17, dos 12 aos 15 os médicos defende o princípio da prudência e entendem que se aguarde para ter a máxima confiança quando se tomar a decisão.
Depois da DGS ter atualizado a norma com as prioridades para a vacinação, a SPP, em conjunto com a Sociedade de Infecciologia Pediátrica, vieram apoiar aquela que tinha sido a posição já assumida por Graça Freitas, na passada sexta-feira: não recomendar a vacina para adolescentes.
Para os pediatras, há fortes evidências de que o risco de doença grave é muito baixo em crianças e adolescentes saudáveis. Consideram que falta evidência sobre o benefício da vacinação.
A DGS deixou ao critério dos médicos a avaliação do benefício/risco, podendo prescrever a vacina para jovens que estejam fora da lista de dez doenças enumeradas na norma como prioritárias.
Mesmo depois da norma, a questão dos adolescentes saudáveis manteve-se e a DGS emitiu um esclarecimento, poucas horas depois, a dizer que “não se coloca nesta fase”. A prioridade é apenas para os adolescentes que tenham as doenças definidas e a quem o médico deve prescrever a vacina.
Falta ainda vacinar os jovens acima dos 18 anos. Para já, são esses que serão chamados aos centros de vacinação.
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