Afinal, os adolescentes entre os 12 e os 15 anos vão ser vacinados contra a covid-19. A Direção-Geral da Saúde insiste que a decisão é técnica e rejeita pressões. António Costa diz que os jovens podem ter a vacinação completa no início do ano letivo. Já o ministro da Educação é mais cauteloso.
Pouco depois da DGS anunciar que, afinal, os adolescentes dos 12 aos 15 anos vão ser vacinados, o primeiro-ministro foi ao Twitter congratular-se com a decisão e garantir que Portugal está em condições de assegurar o processo, já que as vacinas foram compradas e a operação logística está pronta de forma a que os jovens entre os 12 e os 17 anos tenham a vacinação completa até 19 de setembro.
Ter todos vacinados até ao arranque do ano letivo parece ser uma meta do primeiro-ministro, porém o ministro da Educação não está tão certo disso.
“O que foi dito por parte da DGS é que existem condições para o fazer rapidamente, no final de agosto, início de setembro. É importante que o comecemos a fazer, logo que possível, mas acima de tudo que a generalidade da população entenda a importância da vacinação”.
A decisão da autoridade máxima de saúde em Portugal chega 11 dias depois de ter sido publicada uma norma que determinava que a vacina contra a covid nesta faixa etária era prioritária para jovens com doença grave, sendo que os restantes tinham de ter prescrição médica.
Nestes 11 dias, multiplicaram-se os apelos de governantes para o alargamento universal da vacinação a estes jovens, mas Graça Freitas rejeita pressões.
“A diversidade de opiniões é um bem em si. Estamos em democracia. Há 10 dias faltava-nos informação, sobretudo da União Europeia. Preferimos esperar. Não estivemos surdos, nem cegos, mas preferimos esperar”.
Dados científicos de 15 milhões de jovens vacinados nos Estados Unidos e em alguns países da Europa garantem a segurança da vacina.
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