A ministra da Saúde, Marta Temido, esclareceu, esta segunda-feira, que não é esperado que a toma simultânea de vacinas contra a covid-19 e contra a gripe provoque efeitos secundários mais graves, no entanto ressalva que qualquer vacina pode provocar reações adversas.
"Qualquer vacina pode sempre causar alguma reação e as pessoas devem estar atentas ao seu próprio organismo."
Marta Temido garante ainda que a "eficácia e segurança das vacinas permanece idêntica no caso da coadministração ou no caso da administração em separado".
A partir desta segunda-feira, quem for chamado ao Centro de Saúde ou ao centro de vacinação pode levar as duas vacinas, desde que em braços diferentes. No entanto, a ministra da Saúde explica que quem preferir pode tomar em separado. Para isso terá de informar o profissional de saúde, que faz a marcação da outra vacina, e de dar 14 dias de intervalo entre as duas tomas.
O ritmo da vacinação deverá aumentar em novembro, porque "a administração das vacinas da gripe e da covid-19 exige que se combine muito bem os prazos de entrega", esclarece Marta Temido, acrescentando que as pessoas vão continuar a ser "convocadas através dos mecanismos habituais".
Segundo as previsões da Direção-Geral da Saúde, cerca de dois milhões de pessoas deverão ser vacinadas nesta modalidade.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, garantiu, na sexta-feira, que está "tudo preparado" para a coadministração das duas vacinas a pessoas com 65 ou mais anos a partir desta segunda-feira, uma prática realizada em Portugal e no mundo, no âmbito dos programas nacionais de vacinação, que visa otimizar os esquemas vacinais recomendados.
A DGS avançou que os dados disponíveis analisados pela Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, que incluem os resultados da reunião do grupo de peritos da Organização Mundial da Saúde em matéria de vacinação, mostram que existe um perfil de segurança aceitável após a toma das duas vacinas.
► VEJA MAIS:
- Vacinação simultânea contra gripe e covid-19 esta segunda-feira
- Aveiro começa a dar dose de reforço da vacina covid-19 a idosos
- Conselho de Saúde dos EUA aprova reforço da vacina Johnson & Johnson
- "Tendência crescente" da incidência de novas infeções nos idosos
- Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo com Rt acima de 1