O vice-almirante Gouveia e Melo alertou esta quarta-feira para o perigo da politização do processo de vacinação. O antigo responsável da task-force diz que encará-lo como uma espécie de “D. Sebastião” é mostrar que nada se aprendeu com o que foi feito nos últimos meses.
“Estarei sempre disponível enquanto militar, mas gostaria de ver a nossa sociedade a andar para a frente de outra forma: sem nenhum Sebastião, porque Sebastião é cada um de nós”, disse.
“O meu papel enquanto militar foi ajudar a colocar um penso rápido na ferida. A ferida fechou e sarou, agora precisamos de viver sem pensos rápidos.”
Gouveia e Melo aponta que prioridade deve ser analisar os dados existentes
Gouveia e Melo diz estar sempre disponível para um eventual regresso, mas em jeito de apelo explica que, neste momento, a prioridade deve ser outra. Aconselhou uma leitura rigorosa dos dados quanto ao atual número de casos, sublinhando sempre que é preciso aprender as lições.
“Temos de analisar neste momento quem é que está positivo, é preciso ter números e não entrarmos em pânico. Será que quem está a ficar positivo não são as pessoas que não foram vacinadas e se é isso é a terceira, quarta ou quinta dose que vai ajudar”, questionou.
“Temos de acreditar em nós, nas nossas instituições e dar forças às nossas instituições, não é trazer para a guerra política que só nos vão destruir capacidades”, sublinhou.