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Entrevista SIC

Covid-19: "Casa Aberta" para maiores de 63 anos no 23 de dezembro

Também os maiores de 40 que tomaram a vacina da Johnson & Johnson poderão aderir à "Casa Aberta".

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Um dia depois de serem conhecidas as novas medidas de contenção da pandemia, António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, anuncia que no dia 23 de dezembro haverá “Casa Aberta” nos centros de vacinação para maiores de 63 anos receberem a dose de reforço e para maiores de 40 anos que receberam a vacina da Johnson & Johnson.

Ainda esta quinta-feira irá abrir o auto-agendamento de vacinação para as pessoas que têm mais de 55 anos, para a dose de reforço. A Direção-Geral de Saúde deverá também emitir uma atualização da recomendação da dose adicional da vacina contra a covid-19.

O secretário de Estado justifica o encerramento dos centros de vacinação entre 24 e 26 de dezembro e nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, uma decisão que tem sido criticada pelos especialsitas, como sendo uma questão de "respeito" pelos profissionais de saúde.

"Era natural que dessemos este descanso durante os dias 24, 25 e 26 e depois durante os dias 31 e 1 aos profissionais de saúde. São profissionais que estão muito cansados. Por uma questão de respeito, de consideração e até porque nesses dias fizemos a ponderação de que, provavelmente, em virtude de ser uma época familiar, relativamente pouca gente poderia aderir a esse processo", disse em entrevista à Edição da Tarde da SIC Notícias.

Lacerda Sales recusa ainda que esta interrupção atrase o processo de vacinação, afirmando que já foi ultrapassado o objetivo proposto. "Prevíamos até ao dia 19 de dezembro cerca de 1,4 milhões de pessoas vacinadas, era esse o objetivo, e lembro que uma semana depois temos 2,5 milhões de pessoas vacinadas com dose de recorço e temos ainda 2,3 milhões com a vacinação da gripe em processo de linha vacinal paralela"

Sobre as novas medidas, anunciadas esta terça-feira pelo primeiro-ministro, Lacerda Sales considera que serem "adequadas, proporcionais e tomadas no momento certo e no tempo oportuno".

"Em Portugal ainda não existe essa pressão [hospitalar], temos uma almofada relativamente confortável em relação às linhas vermelhas, quer nas unidades de internamento convencionais, quer nas unidades de cuidados intensivos. Temos de defender a vida dos nossos cidadãos e a pressão sobre os serviços de saúde. Quanto mais cedo tomássemos essas medida, com certeza que melhores serão os resultados", afirma.

O Secretário de Estado garante ainda que o Governo tem um "plano b" e um "plano c" para responder à evolução da pandemia, afirmando que a variante Ómicron "um cenário de grande incerteza". Lacerda Sales destacou ainda que na última semana foram realizados mais de um milhão de testes à coviud-19 e apelou à população que "não procurem só nas farmácias" e optem também pelos postos de laboratório que aderiram ao programa de testagem comparticipada pelo Estado.

Quando questionado sobre a importância que tem a população portuguesa ter atingido os 86,4% de imunidade, Lacerda Sales respondeu que este valor "significa que a vacina é efetiva, é a primeira grande lição que tiramos desse estudo serológico".

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