Nos últimos meses, a capital de Cabo Delgado, em Moçambique, foi inundada por milhares de pessoas fugidas dos ataques terroristas. A maioria dos deslocados são crianças que em Pemba têm de recomeçar do zero.
A associação humanitária portuguesa Helpo tenta dar apoio na integração escolar, como forma também de evitar o recrutamento dos jovens por grupos de insurgentes.
A aula é cá fora e os bancos não chegam para todos. Num dos bairros mais pobres de Pemba, a primária de Mahate há muito que mostra os sinais dos anos e da falta de investimento. Mas a chegada de mais 200 crianças no último ano letivo fez a escola rebentar pelas costuras.
Os novos alunos vêm de longe, de sítios onde o terror só deixou sangue e cinzas. Os que conseguiram fugir chegaram praticamente sem nada.
Além do Karibu, a Helpo desenvolve ainda o projeto Futuro Maior, que atribui bolsas de estudo a alunos do secundário que queiram seguir o ensino técnico e universitário.
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