Manuel Palos entrou na justiça com uma ação contra o Estado. O ex-diretor do SEF foi detido, preso preventivamente e afastado do cargo por suspeitas de corrupção passiva e prevaricação no caso dos Vistos Gold. Em 2019, foi ilibado de todos os crimes. Foi o primeiro diretor de uma polícia portuguesa a ser preso preventivamente e afastado do cargo.
Detido em 2014 durante quatro meses, Manuel Palos ficou suspenso do exercício da profissão e da atividade pública.
A prisão preventiva seria alterada dias depois para prisão domiciliária, mas a suspensão da profissão prolongou-se até à sentença da absolvição.
Na passada quinta-feira, de acordo com o jornal Expresso, Manuel Palos avançou com uma ação de mais de 147 mil euros contra o Estado.
Ilibado de todos os crimes
O ex-diretor do SEF foi acusado, juntamente com o então Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, de fazer parte de uma rede de troca de favores que envolviam vistos gold, cursos em Angola, tratamento de doentes líbios e concursos públicos viciados.
Manuel Palos respondeu em tribunal por um crime de corrupção passiva e dois de prevaricação. Em janeiro de 2019 foi ilibado de todos, com o juiz a afirmar não ter dúvidas da absolvição. No mesmo ano, reentrou na carreira de investigação e fiscalização do SEF.
A SIC contactou Miguel Macedo, que também foi ilibado dos crimes. No entanto, o ex-ministro descartou a possibilidade de uma ação contra o Estado.
Da parte de Manuel Palos e do seu advogado, a SIC não obteve esclarecimento.