Meteorologia

Vêm aí tempo frio e chuva, Proteção Civil emite aviso à população

Com a previsão de agravamento do estado do tempo nos próximos dias, a Autoridade de Emergência e Proteção Civil emitiu um aviso à população, apelando à adoção de determinados comportamentos.

Vêm aí tempo frio e chuva, Proteção Civil emite aviso à população
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Para os próximos dias, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê o regresso do tempo frio, da chuva e até da neve já a partir desta quinta-feira, dia em que quatro distritos estarão sob aviso amarelo. No dia seguinte, esse número subirá para 10 distritos. Há, por isso, cuidados e comportamentos a ter, avisa a Proteção Civil.

O vento vai intensificar-se e as temperaturas vão descer, com as mínimas a atingirem valores “abaixo da média para a época do ano”. O IPMA prevê ainda a “formação de gelo ou geada no Interior, em especial no dia 24 de fevereiro”, próxima sexta-feira.

Os aguaceiros e períodos de chuva serão mais frequentes a partir de amanhã, podendo ser acompanhados de trovoada e granizo. Um cenário que poderá ser de neve nas regiões do Norte e Centro acima dos 600/800 metros - e com acumulação que pode superar os 5 cm - e acima dos 800/1000 metros na região Sul, cota que descerá, a partir do final da tarde, para 400/600 metros.

Perante este cenário, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população no qual alerta para alguns fenómenos que podem ocorrer devido ao agravamento do estado do tempo:

  • Intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras;
  • Incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos;
  • Necessária especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, nomeadamente crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo;
  • Piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
  • Aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
  • Possíveis acidentes na orla costeira;
  • Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo.

A ANEPC aconselha ainda a adoção de alguns comportamentos e outros que todos devemos evitar:

  • Evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura;
  • Manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente;
  • Proteger as extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante;
  • Ingerir sopas e bebidas quentes e evitar bebidas com álcool, que proporciona uma falsa sensação de calor;
  • Trabalhadores que exerçam atividade no exterior devem utilizar vestuário e calçado adequados e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade;
  • Acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas;
  • Reforçar o apoio e a atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem-abrigo).
  • Especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
  • Assegurar uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
  • Evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar;
  • Não sobrecarregar tomadas e/ou extensões elétricas;
  • Redobrar os cuidados durante a condução de veículos, especialmente em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva;
  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Consultar a informação meteorológica e rodoviária sempre que as deslocações sejam mais prolongadas e/ou para locais fora das rotas de circulação usuais;
  • Contemplar a colocação das correntes de neve nas viaturas sempre que exista a possibilidade de circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.