Todos os distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo devido à previsão de tempo quente, que passa a laranja no domingo nos distritos de Évora e Beja, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
No domingo, o alerta amarelo do IPMA para a "persistência de valores elevados da temperatura máxima" estende-se ainda à Madeira (costas norte e sul e Porto Santo) e, no continente, mantém-se nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Setúbal e Faro.
Na segunda-feira, o instituto mantém Évora e Beja sob aviso laranja, estendendo-o também à costa sul da Madeira, e permanecem sob aviso amarelo, até às 18:00, os distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Setúbal e Faro.
O aviso amarelo é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica, enquanto o aviso laranja corresponde a uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.
Temperaturas acima dos 40 graus
O IPMA prevê para os próximos dias continuação de tempo quente, destacando-se valores da temperatura máxima na ordem dos 42 graus Celsius em Évora e Beja e acima dos 30 graus em praticamente todos os distritos, com exceção de Viana do Castelo, Porto e Aveiro.
Em causa está, segundo o IPMA, a ação de uma "crista anticiclónica entre o Golfo da Biscaia e o arquipélago da Madeira, que dará origem a uma circulação que trará em altitude uma massa de ar com origem no Norte de África".
"Na sequência deste episódio de tempo quente, que deverá ser mais prolongado a sul do Tejo e Beira Baixa, onde é expectável a ocorrência de uma onda de calor até dia 29, pelo que se aconselha seguir as orientações da Direção-Geral da Saúde para situações de tempo quente", refere o IPMA em comunicado.
Cuidados a ter para combater o calor
- Procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados
- Beber pelo menos 1,5 litros/dia de água, o equivalente a 8 copos
- Beber sumos de fruta natural sem adicionar açúcar
- Evitar o consumo de álcool
- Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11:00 e as 17:00
- Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina
- Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta
- Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer na rua
- Escolher as horas de menos calor para viajar de carro e não ficar dentro de viaturas estacionadas ao sol
- Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor: crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas
- Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas específicas devem seguir as recomendações do médico assistente ou do centro de contacto SNS 24: 808 24 24 24
- Assegurar que as crianças bebem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado
- As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta
- Contactar e acompanhar as pessoas idosas e outras pessoas que vivam isoladas. Assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado
- Moderar a atividade física
“Vamos ter que nos habituar a viver com um clima que é menos amigável”
Portugal está em situação de seca e agora também enfrenta uma onda de calor. O climatologista Carlos Câmara explicou à SIC Notícias que as ondas de calor têm-se tornado mais frequentes e prolongadas.

Risco de incêndio muito elevado
As condições meteorológicas, associadas a valores baixos da humidade relativa do ar, levaram o IPMA a colocar também sob risco muito elevado de incêndio rural diversos concelhos do interior Centro, bem como na região Sul, a serem classificados com valores máximo ou muito elevado.
Esta previsão do IPMA, levou também a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a alertar para o elevado risco de incêndios em todo o território continental, recomendando medidas preventivas.