São dias duros de aguentar nos Estados Unidos. Uma situação que já dura há muito e que não deve acabar tão cedo. Do ano passado para agora, duplicaram as ondas de calor que atingiram o país.
“Do ponto de vista dos dados, o volume aumentou cerca de 50% em relação ao ano passado”, afirma Brian Toolan, perito em segurança global.
Enquanto boa parte da população reclama, há quem esteja à procura de tocar os extremos.
É o que acontece aos turistas que visitam o Vale da Morte, na Califórnia, o local mais baixo e mais quente nos EUA. A temperatura no local sobe quase todos os dias acima dos 50ºC.
“Eu não sei o que pensar, pois é impossível pensar aqui”, diz uma turista espanhola.
Situação é “insuportável” na fronteira
Junto à fronteira, entre o México e os Estados Unidos, a vontade de alcançar o sonho americano quase que se desfaz com a temperatura a atingir os 43ºC.
Há muito sacrifício envolvido entre os que pediram asilo e aguardam resposta.
“Começa a queimar intensamente de manhã. Como dormimos em cima de cartão no chão, temos de levantar cedo e pôr a nossa bebé no carrinho para a levar a rua”, diz Mariana Padilla, uma migrante colombiana. “As altas temperaturas são insuportáveis”, realça Luis Miguel, que vem da Venezuela.
Na China a moda são as roupas longas
Para lá dos 50ºC, a China atingiu um novo máximo de temperaturas há alguns dias, tendo superado os 52 graus na região de Xinjinag.
Em Pequim, onde esta semana os termómetros rondam os 35, a nova moda é vestir roupa larga para fazer frente ao sol.
“O vestuário de proteção solar, as mangas de arrefecimento, tal com os chapéus, vendem-se bem”, conta a vendedora Surnamed Duan.
O objetivo, apesar da pouca praticidade, é evitar queimaduras.