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Violência entre polícia e traficantes no Rio de Janeiro já fez 39 mortos

O Rio de Janeiro já soma 39 mortos em seis dias de ataques criminosos na cidade e do início das operações militares nas favelas, divulgou hoje a imprensa brasileira. Segundo o jornal Folha de São Paulo, 89 veículos já foram incendiados. Hoje, as equipas no terreno deverão receber os reforços autorizados das Forças Armadas brasileiras.

O ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, assinou na noite de quinta-feira uma autorização para que as Forças Armadas reforcem o apoio ao governo do Rio de Janeiro nas operações de combate à onda de ataques que se regista no Estado desde domingo.



A ajuda foi solicitada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e autorizada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Serão enviados 800 homens do Exército, para garantir a proteção dos perímetros das áreas que forem ocupadas pela polícia.



Também serão enviados dois helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados de transporte.



Serão ainda fornecidos, temporariamente, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em terra e óculos para visão noturna.



Após ocupar a Vila Cruzeiro (no complexo de favelas do Morro do Alemão), na Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, hoje os polícias do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) preparam-se para fazer buscas dentro da favela.



Mais 50 homens do batalhão vão reforçar o contingente de cerca de 100 agentes que já estão no local.



Na quinta-feira, as forças policiais do Rio de Janeiro já tinham recebido ajuda da Marinha, com o empréstimo de vários blindados.



Também na quinta-feira o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, anunciou que 300 agentes da Polícia Federal darão apoio às operações policiais que tentam coibir a onda de ataques.



As escolas da região da Penha estão hoje fechadas. Muitos alunos ainda tentaram ir às aulas, mas receberam indicações para voltarem para casa.



Durante as operações da polícia no Rio de Janeiro, cerca de 190 pessoas já foram presas e dezenas ficaram feridas.



Lusa

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)