Às vítimas mortais já contabilizadas pela polícia os media juntaram entre 200 e 300 pessoas que se afogaram em Sendai, capital da província de Miyagi, segundo as autoridades locais.
Outros 200 cadáveres teriam sido trasladados para ginásios nas localidades de Iwanuma e Natori e também em Miyagi.
O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, afirmou hoje durante uma reunião do comité de emergência em Tóquio que "mais de mil pessoas perderam as vidas" devido ao sismo, o maior desde o século XIX, desde que se registam dados.
Cerca de 50 mil militares, 190 aviões e 25 barcos foram destacados para as operações de busca, nas quais os Estados Unidos colaborarão com barcos para o transporte de efetivos das forças de Auto Defesa (exército japonês).
Pelo menos 3400 edifícios ficaram destruídos no Japão devido ao sismo, do qual também resultaram 200 incêndios.
Na província oriental de Iwate, algumas cidades foram varridas do mapa pelo tsunami gerado pelo sismo, com ondas com mais de 10 metros de altura.
Mais de 5,5 milhões de casas japonesas ficaram sem eletricidade depois do sismo e um milhão de lares não têm água.
Entretanto, a televisão pública NHK anunciou hoje que o exército japonês encontrou na sexta-feira entre 300 e 400 corpos no porto de Rikuzentakata (nordeste), que tinham ficado submersos pelo tsunami gerado pelo sismo.
O sismo de magnitude 8,9 na escala aberta de Richter, que regista a energia libertada pelo abalo telúrico, foi registado às 14:46 (05:46 em Lisboa) a uma profundidade de 24,4 quilómetros e com epicentro localizado a cerca de 100 quilómetros ao largo da prefeitura de Miyagi, na região nordeste do Japão.
O abalo, que foi fortemente sentido em Tóquio, a cerca de 400 quilómetros do epicentro, deu origem a um tsunami que atingiu a costa japonesa com uma onda de cerca de 10 metros de altura.
Lusa