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Principal suspeito do duplo atentado na Noruega foi militante de partido de direita durante 7 anos

O principal suspeito do duplo atentado de sexta-feira na Noruega é um antigo militante de uma formação da direita populista, o Partido do Progresso, a que pertenceu durante sete anos.

Reuters
© Scanpix Norway / Reuters

"Entristece-me ainda mais saber que esta pessoa já esteve connosco",  disse o presidente do Partido do Progresso (FrP), Siv Jensen, em comunicado,  citado pela agência de notícias France Presse. 

O partido pormenorizou que o suspeito, identificado como Anders Breivik  Behring pela comunicação social norueguesa, fez parte das suas fileiras  entre 1999 e 2006. 

O atual suspeito da morte de pelo menos 91 pessoas fez também parte  da juventude local do FrP, a FpU, entre 2002 e 2004. 

O Partido do Progresso, de extrema direita, é um dos grupos políticos  mais importantes da Noruega. 

O canal TV2 adianta também hoje que o suspeito pertencia a círculos  de extrema-direita. A polícia, que não confirmou a identidade do suspeito,  descreve-o como um "fundamentalista cristão", de direita e hostil ao Islão.

No seu perfil do Facebook, Breivik Behring descreve-se como "conservador"  e "cristão". 

Na sexta-feira, a explosão de uma bomba no centro governamental de  Oslo e um tiroteio num campo de férias organizado pelo Partido Trabalhista,  numa ilha fora da capital, provocaram 91 mortos, segundo os últimos números  divulgados pela polícia. 

Até agora, a polícia partia da hipótese de que o suspeito detido após  o massacre na ilha Utoeya, onde morreram pelo menos 84 pessoas, tinha agido  sozinho. 

No entanto, informações recentes indicam que os investigadores não  descartam a hipótese de que este tivesse cúmplices, especialmente para perpretar  o ataque anterior sobre o complexo do governo em Oslo, que matou sete pessoas  duas horas antes do tiroteio na ilha de Utoeya, a cerca de 40 quilómetros  de Oslo.  

Fonte do governo português garantiu à Lusa que até ao momento não há  registo de cidadãos nacionais entre os mortos e feridos resultantes dos  dois atentados ocorridos na sexta-feira. 

Lusa