"Estou totalmente esgotada", declarou, afirmando não estar habituada à alteração de fusos horários.
Aung San Suu Kyi iniciou hoje em Genebra, na Suíça, com uma intervenção na conferência anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a primeira visita à Europa dos últimos 24 anos.
Nesta visita de 15 dias, que é ao mesmo tempo pessoal e política, Aung San Suu Kyi abrange as capitais europeias que mais a apoiaram na luta pelos direitos humanos.
Suu Kyi, galardoada com o Nobel da Paz em 1991, estará no sábado em Oslo, capital da Noruega, onde proferirá o discurso de aceitação do prémio, 21 anos mais tarde.
Na terça-feira, 19 de junho, a secretária-geral da Liga Nacional para a Democracia, em cujas listas foi eleita deputada em abril passado, completa 67 anos.
Suu Kyi visita também Dublin, onde agradecerá pessoalmente ao cantor Bono, nome artístico de Paul David Hewson, vocalista dos U2, o apoio dado à causa dos direitos humanos.
Na segunda-feira, dia 18, Suu Kyi e Bono estarão ambos no palco durante um concerto em Dublin promovido pela Amnistia Internacional.
No Reino Unido, país que deixou em 1988 para visitar a mãe doente na Birmânia e onde só agora volta, Suu Kyi terá a rara honra de usar da palavra nas duas câmaras do Parlamento, em Londres.
Posteriormente, receberá um doutoramento "honoris causa" na Universidade de Oxford, onde estudou e mais tarde viveu com o marido (falecido em 1999) e os dois filhos, Alexander e Kim.
Entre 26 e 29 de junho, Aung San Suu Kyi estará em França a convite do presidente François Hollande.
Nos últimos 24 anos, Suu Kyi não conseguiu sair do país porque ou estava em prisão domiciliária, o que aconteceu durante 15 anos, ou teve receio de que saindo do país não pudesse regressar.
Antes desta viagem à Europa, Suu Kyi esteve recentemente seis dias na Tailândia, na primeira deslocação ao estrangeiro desde 1988.
Lusa