Mundo

Ataque a consulado norte-americano em Benghazi vinga morte de "número 2" da Al-Qaeda

O ataque contra o consulado norte-americano em Benghazi, no leste da Líbia, "vinga" a morte do "número dois" da Al-Qaeda, Abu Yahya al-Libi, afirmou o ramo iemenita da rede extremista. 

O consulado em Benghazi foi atacado durante um protesto contra um filme  realizado nos Estados Unidos que retrata a vida do profeta Maomé e é considerado  insultuoso para o Islão. (Lusa/Arquivo)
© Esam Al-Fetori / Reuters

"A morte do xeque Abu Yahya al-Libi (...) estimulou o entusiasmo e a  determinação dos filhos de Omar al-Mokhtar (líder da resistência líbia contra  a colonização italiana) a vingarem-se dos que ridicularizaram e atacaram  o nosso profeta", indica a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) num comunicado  citado pelo centro norte-americano de vigilância dos "sites" islâmicos SITE..

A AQPA não reivindica diretamente em nome da Al-Qaeda o ataque ao consulado  que coincidiu com o aniversário dos atentados de 11 de setembro nos Estados  Unidos e que causou a morte de quatro norte-americanos, incluindo o embaixador  Chris Stevens. 

Abu Yahya al-Libi foi morto no início de junho no Paquistão num ataque de um avião não tripulado ("drone") norte-americano. Na véspera do 11º aniversário do 11 de setembro, o líder da Al-Qaeda, Ayman Al-Zawahiri, divulgou um vídeo confirmando a morte do seu "braço direito". 

O consulado em Benghazi foi atacado durante um protesto contra um filme  realizado nos Estados Unidos que retrata a vida do profeta Maomé e é considerado  insultuoso para o Islão. 

"O levantamento do nosso povo na Líbia, Egito e Iémen contra a América  e as suas embaixadas é um sinal para indicar aos Estados Unidos que a sua  guerra não é dirigida contra grupos e organizações (...) mas contra a nação  islâmica que se levantou contra a injustiça, a fraqueza...", refere o comunicado  da AQPA. 

O presidente da Assembleia Nacional líbia, Mohamed al-Megaryef, afirmou  hoje, numa entrevista à agência France Presse, que elementos estrangeiros  estiveram implicados no ataque ao consulado norte-americano em Benghazi  e que a ação foi planificada e meticulosamente executada. 

Lusa