Capriles foi derrotado por Hugo Chávez em Outubro do ano passado e é agora o opositor de Nicolás Maduro, presidente interino do país. A candidatura oficial de Capriles é apresentada amanhã, perante as autoridades eleitoriais, no mesmo dia em que será aprovada pela Assembleia Nacional a alteração da Constituição que permite transladar o corpo de Hugo Chávez para o Panteão Nacional.
O corpo do Presidente vai ser colocado ao lado do sarcófago de Símon Bolívar, revolucionário histórico do país. Atualmente, a Constituição da Venezuela prevê que no Panteão Nacional só sejam sepultadas figuras ilustres do país, 25 anos após a morte.
A Constituição da Venezuela reserva a honra de ser sepultado no Panteão aos "venezuelanos e venezuelanas ilustres que prestaram grandes serviços à República depois de decorridos 25 anos após a sua morte", e determina que a decisão "seja adotada pela Assembleia Nacional".
Antes disso, na próxima sexta-feira, quando se cumprirem dez dias da morte do Presidente da Venezuela nos últimos 14 anos, os restos mortais de Chávez serão transladados para o Quartel da Montanha, outro edifício centenário no centro de Caracas e próximo do palácio presidencial de Miraflores, acrescentou Maduro em declarações reproduzidas na televisão.
Foi a partir do Quartel da Montanha que Chávez dirigiu o falhado golpe de Estado de 04 de fevereiro de 1992, quando tentou derrubar o então Presidente Carlos Andrés Pérez.
O corpo de Chávez está a ser velado desde quarta-feira na Academia Militar, onde milhares de pessoas acorreram para um "último adeus" ao falecido líder da revolução bolivariana.
Hugo Chávez morreu a 05 de março, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 07 de outubro.
Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo seu vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.