A explosão ocorreu numa zona muito populosa, a poucas centenas de metros do centro da cidade, e os serviços de socorro já estão no local.
Duas viaturas armadilhadas explodiram perto da Câmara Municipal e do posto de correios de Reyhanli, na província de Hatay, junto à fronteira com a Siria, cerca das 13:45 locais (10:45 em Lisboa), danificando gravemente estes edificios.
As explosões ocorreram um dia depois da divulgação de que nas fileiras da organização terrorista Al-Qaida estão cerca de 2.000 cidadãos turcos, que vivem no próprio país, segundo o jornal diário 'Cumhuriyet'.
Segundo o jornal turco, um relatório da Organização Nacional de Inteligência da Turquia afirma que 2.000 turcos receberam treino militar em bases da Al-Qaida no Afeganistão, no Paquistão, na Bósnia e na Chechénia, e que depois regressaram ao seu país para formarem células do grupo.
Nos relatórios dos serviços secretos turcos também há uma referência ao grupo radical islâmico Hezb-ut Tahrir, que se apresenta como uma organização política mas que dispõe de milícias armadas que participaram na luta contra o regime do Presidente Bashar al-Assad, na Síria.
Após as explosões dezenas de turcos que responsabilizam os sirios pelos explosões concentraram-se no centro da cidade e apedrejaram automóveis de sirios que abandonavam a cidade com receio de confrontos.
A policia turca teve de enviar reforços da capital para controlar os manifestantes e a tensão gerada.
A Turquía acolhe mais de 300.000 refugiados sirios, a maioría deles em acampamentos distribuidos pelos 900 quilómetros de fronteira com a Siria.
Reyhanli situa-se perto de Cilvegz, o posto fronteiriço onde em fevereiro a explosão de um carros armadilhado causou a morte de 14 pessoas.
Entretanto, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, condenou "com grande firmeza" o duplo atentado na Turquia.
O governante francês manifestou ainda, em comunicado, a sua "solidaridade para com as autoridades e o povo turco".
Lusa