Em entrevista ao 'Washington Post', Snowden, que se encontra atualmente em Hong Kong, disse que tem a intenção de pedir asilo a "qualquer país que acredite na liberdade de expressão e que se oponha a que a privacidade dos cidadãos seja posta em causa".
O ex-técnico da CIA revelou hoje que foi a fonte dos diários 'The Guardian' e 'Washington Post', que divulgaram os programas de espionagem dos Estados Unidos que permitem consult ar os registos de chamadas e utilização de redes sociais.
Em declarações ao jornal 'The Guardian', Edward Snowden disse ter divulgado informações confidenciais do governo dos Estados Unidos motivado apenas pelo desejo de informar o público sobre a "máquina de vigilância em massa" daquele país, segundo a agência AFP.
"Não tenho nenhuma intenção de esconder quem sou, porque sei que não fiz nada de errado", afirmou o Snowden, numa altura em que o governo norte-americano procurava indícios criminais sobre a fuga de informação.
Snowden foi ex-assistente técnico da agência de informações CIA, trabalhou quatro anos na Agência de Segurança Nacional (NSA) como um empregado de vários fornecedores externos, incluindo a Dell e a Booz Allen Hamilton, o seu atual empregador.
"O meu único motivo foi o de informar o público sobre o que é feito em seu nome e o que é feito contra ele", revelou Snowden na entrevista.
A CIA já tinha aberto uma investigação sobre as fugas de informação, uma situação que classificou como "angustiante" e que poderia causar "danos enormes" nos serviços de informação dos Estados Unidos, depois da informação 'secreta' ter sido divulgada pelos jornais 'The Guardian' e 'The Washington Post'.
Lusa