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UE vai debater com EUA programa de vigilância PRISM 

A Comissão Europeia está "preocupada"  com as recentes notícias sobre o programa de vigilância PRISM e vai debater  o tema com as autoridades norte-americanas na sexta-feira, disse hoje, em  Estrasburgo, o comissário europeu Tonio Borg. 

(Reuters/Arquivo)
© Dado Ruvic / Reuters

"A Comissão Europeia está preocupada com as notícias divulgadas recentemente  na comunicação social de que os Estados Unidos da América  1/8EUA 3/8 estavam  a aceder a dados dos cidadãos europeus", afirmou o comissário europeu para  a Saúde, num debate no Parlamento Europeu, lendo uma declaração em nome  do executivo comunitário. 

Tonio Borg disse que a Comissão Europeia quer esclarecimentos das autoridades  norte-americanas e adiantou que a comissária para a Justiça, Viviane Reding,  "vai tratar da questão com força e determinação na reunião ministerial entre  a União Europeia (UE) e os EUA, na sexta-feira, em Dublin". 

O comissário salientou ainda que "o caso PRISM, tal como apresentado  na comunicação social, poderá reforçar as preocupações dos cidadãos europeus  relativamente à utilização dos seus dados pessoais na internet". 

A 07 de junho, os jornais Washington Post e Guardian noticiaram que  a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, em inglês) e a polícia federal  (FBI) tinham acesso aos servidores de nove gigantes da internet, como Microsoft,  Yahoo!, Google e Facebook. 

O programa secreto, com o nome de código PRISM, está em vigor desde  2007 e permite à NSA ligar-se aos servidores das empresas para consultar  informações sobre os utilizadores. 

A lei dos EUA protege os seus cidadãos de uma vigilância feita sem autorização,  mas as pessoas fora do território norte-americano não beneficiam desta proteção,  pelo que podem ser espiados em toda a legalidade.  

Skype, AOL, YouTube, Apple e PalTalk participam também no sistema e  a plataforma de alojamento de ficheiros Dropbox deveria ser acrescentada  em breve. 

Segundo o Guardian, a NSA pode consultar "as mensagens eletrónicas,  as discussões por vídeo e áudio, os vídeos, as fotografias, as transferências  de ficheiros, os pormenores das redes sociais, e mais". 

Lusa