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Comércio mundial, evasão fiscal e Síria dominam Cimeira na Irlanda do Norte

O combate à evasão fiscal, o estímulo ao comércio mundial e o conflito na Síria dominam a agenda da Cimeira do G8 que começa hoje na Irlanda do Norte.

© Yves Herman / Reuters

Na presidência do grupo constituído pelos sete países mais industrializados  e a Rússia, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, identificou como  prioridades da reunião o comércio mundial e a transparência fiscal.  

A cimeira do G8 deverá marcar o arranque das negociações sobre um acordo  de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos depois de os  ministros do comércio europeus terem chegado a acordo, na sexta-feira, sobre  a questão da chamada "exceção cultural", defendida pela França, ao excluírem  o setor audiovisual das negociações comerciais com os EUA. 

"O mandato das negociações  1/8para lançar as negociações comerciais entre  a União Europeia e os Estados Unidos 3/8 foi aprovado", disse John Clancy,  porta-voz do comissário europeu do Comércio, Karel De Gucht, na sua conta  na rede social Twitter.  

Recentes litígios comerciais entre os Estados Unidos, o Japão e a China  também devem ser discutidos na reunião, em que participam os presidentes  dos Estados Unidos, Barack Obama; da Rússia, Vladimir Putin e de França,  François Hollande, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel e os primeiros-ministros  de Itália, Enrico Letta; do Canadá, Stephen Harper e do Japão, Shinzo Abe.

A situação na Síria deverá ocupar boa parte das discussões, sobretudo  depois de, na quinta-feira, os Estados Unidos terem anunciado dispor de  provas da utilização de armas químicas pelo regime e que, ultrapassada essa  "linha vermelha", vão dar apoio militar aos rebeldes.  

A Cimeira do G8, que decorre até terça-feira rodeada da maior operação  policial da história da Irlanda do Norte, realiza-se no empreendimento turístico  de golfe de Lough Erne, rodeado de lagos e localizado a oito quilómetros  da localidade mais próxima. 

A Grã-Bretanha enviou 8.000 agentes da polícia, embora muitos deles  para a capital, Belfast, a 130 quilómetros de distância, para onde foram  convocadas manifestações anticapitalismo. 

A polícia vai estar também alerta para a possibilidade de grupos extremistas  republicanos contrários ao processo de paz da Irlanda do Norte tentaram  ações violentas.