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Cronologia dos principais acontecimentos dos últimos dias no Brasil

Os protestos que hoje continuam em várias  idades do Brasil, tiveram início há duas semanas, em São Paulo, exclusivamente contra a subida das tarifas dos transportes públicos, mas estenderam-se  rapidamente. 

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© Kai Pfaffenbach / Reuters

A repressão policial às manifestações motivou outras pessoas a protestarem  pela paz e pelo direito de manifestação, bem como outras queixas, entre  quais corrupção e a falta de transparência.  

As manifestações criticam, em particular, os elevados gastos com a organização de eventos desportivos como o Mundial 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,  em detrimento de outras áreas como a saúde e a educação. 

  • Cronologia dos principais acontecimentos relacionados com as manifestações:

6 de junho: -- Primeira manifestação contra o aumento da tarifa do transporte  público em São Paulo, organizada pelo Movimento Passe Livre. Entre 2.000  e 4.000 pessoas participam na ação e a polícia utiliza gás lacrimogéneo  e balas de borracha. 

7 de junho -  Segundo dia de protesto em São Paulo também regista confronto  com a polícia e são detidos manifestantes. 

11 de junho -- Terceiro protesto em São Paulo. A iniciativa reúne cerca  de 3.000 pessoas e começa a repercutir internacionalmente e nas redes sociais.  Cerca de 20 pessoas são detidas. 

13 de junho -- Quarto dia de protestos junta milhares de pessoas e paralisa  avenidas em São Paulo. Polícias reprimem o protesto com gás lacrimogéneo  e balas de borracha, ferindo manifestantes e repórteres. As imagens dos  feridos chamam a atenção mundial para os protestos. 

15 de junho -- Presidente Dilma Rousseff é vaiada durante a abertura  da Taça das Confederações. 

16 de junho -- Comunidade brasileira manifesta-se na Irlanda e em Nova  Iorque. 

17 de junho -- Outras capitais aderem às manifestações, que também se  repetem um pouco por todo o país.  

- Em São Paulo, a manifestação reúne 65 mil pessoas.  

- No Rio de Janeiro, o movimento atinge a marca dos 100 mil manifestantes.  No final, alguns dissidentes do movimento atearam um fogo no Edifício da  Assembleia Legislativa. O episódio terminou com 27 feridos, a maior parte  políticas 

- Em Brasília, manifestantes ocupam no final do dia a cobertura do edifício-sede  do Congresso Nacional. Não há reações das autoridades. 

- Outras capitais como Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Porto Alegre,  no sul do Brasil, também são palcos de manifestações. 

18 de junho -- Presidente Dilma Rousseff diz que o Brasil "acordou mais  forte" e assegura que seu governo está a ouvir "as vozes da rua". 

Durante a tarde, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, inicia negociação  com o Movimento Passe Livre e admite pela primeira vez reduzir o preço das  passagens. 

Seis cidades brasileiras anunciam redução no preço das passagens. 

No exterior, brasileiros reúnem-se para protestar em Londres e Lisboa.

Novo protesto no final da noite em São Paulo regista atos de vandalismo  contra o edifício da Prefeitura. Os manifestantes estão nitidamente divididos  entre uma maioria que defende atos pacíficos e uma minoria que insiste nos  ataques e apedrejamento. 

Lusa