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Reino Unido vai equipar rebeldes sírios contra armas químicas 

O chefe da diplomacia britânica anunciou hoje  que o Reino Unido vai enviar aos combatentes da oposição síria equipamentos  de proteção contra ataques de armas químicas, entre os quais cinco mil máscaras.

© Stringer . / Reuters

Numa declaração escrita hoje entregue no Parlamento britânico, William  Hague precisou que Londres vai fornecer aos rebeldes sírios "moderados"  cerca de cinco mil máscaras de proteção, comprimidos de pré-tratamento contra  agentes nervosos e papel para detetar o gás sarin.  

O chefe da diplomacia refere tratar-se de uma "questão de urgência especial",  já que esses equipamentos podem garantir a sobrevivência no caso de um ataque  com gás sarin, substância tóxica que atua essencialmente sobre o sistema  nervoso e que alegadamente já terá sido utilizada pelo regime sírio. 

O equipamento, no valor de quase 657 mil libras (cerca de 757 mil euros),  deverá ser entregue com caráter de "urgência" à Coligação Nacional Síria,  principal estrutura da oposição ao Presidente Bashar al-Assad, disse William  Hague. 

Isto porque, segundo o governante britânico, há evidências de que as  forças leais a Bashar al-Assad tenham levado a cabo ataques com armas químicas  no país. "Acreditamos que a utilização de armas químicas é sancionada e ordenada  pelo regime de Assad", sustenta o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico.

O Reino Unido, os EUA e a França têm reiteradamente acusado o regime  do Presidente Bashar al-Assad de estar a utilizar armas químicas contra  os rebeldes da oposição, acusação que o Governo de Damasco nega. 

Relativamente a um possível armamento da oposição síria, William Hague  garantiu aos deputados que iria sempre procurar a aprovação do parlamento  antes de tomar esse passo. 

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou recentemente que  Londres reservava-se o direito de intervir na Síria no caso de os interesses  nacionais do Reino Unido estarem sob ameaça. 

O conflito na Síria, que começou em março de 2011, fez já mais de 93.000  mortos, segundo as Nações Unidas, enquanto o Observatório Sírio dos Direitos  Humanos aponta para mais de 100.000.  

 

      

 

Lusa