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Obama e Cameron ponderam resposta ao uso de armas químicas na Síria 

O presidente norte-americano, Barack Obama,  e o primeiro-ministro britânico, David Cameron conversaram sobre a situação  na Síria e expressaram a "grave preocupação" sobre o alegado uso pelo Governo  sírio de armas químicas contra civis.   

© Joshua Roberts / Reuters

De acordo com um comunicado da Casa Branca, citado pela AFP, os dois  líderes "vão manter consultas regulares", em relação ao alegado ataque nos  arredores de Damasco na passada quarta-feira, "assim como quanto a possíveis  respostas a dar pela comunidade internacional ao uso de armas químicas".

A notícia do telefonema entre Obama e Cameron foi conhecida logo a seguir  a um outro comunicado relacionado com um encontro hoje entre o chefe de  Estado norte-americano e os seus principais conselheiros no Conselho de  Segurança Nacional, que aparentemente terá dado crédito a relatos do ataque  químico a áreas controladas pelos rebeldes nos arredores da capital síria.

"Em coordenação com os nossos parceiros internacionais e conscientes  de dezenas de testemunhos recentes e registos dos sintomas das pessoas que  foram mortas, os serviços de informações dos Estados Unidos continuam a  reunir factos para apurar o que aconteceu", fez saber a Casa Branca.   

"O presidente recebeu também um relatório detalhado relativo a um conjunto  de opções possíveis que pediu para estarem preparadas para que os Estados  Unidos e a comunidade internacional respondam ao uso de armas químicas",  acrescenta o comunicado.  

O encontro ocorreu um dia depois de o secretário norte-americano da  Defesa, Chuck Hagel, ter dito que os militares apresentaram opções ao Presidente  e estavam a deslocar forças para o terreno em prevenção a uma eventual decisão.

Barack Obama tem até agora expressado cautela, alertando para o facto  de uma resposta militar musculada poder ter consequências imprevisíveis,  incluindo a do envolvimento dos Estados Unidos em mais um conflito prolongado  no Médio Oriente.   

O Presidente norte-americano está, no entanto, sob pressões crescentes  para agir na sequência dos relatórios sobre o alegado ataque com armas químicas,  que, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, terá morto 355 pessoas  com sintomas "neurotóxicos".  

 

     

 

Lusa