Tanaka avançou esta informação numa reunião de um comité do senado na segunda-feira, segundo o diário Mainichi, e detalhou que as investigações serão realizadas com a Coreia do Sul e outros países do sudeste asiático.
A Coreia do Sul proibiu a 06 de setembro a importação de pescado de oito províncias japonesas, incluindo Fukushima, devido à libertação de radiação para o mar, situação reconhecida este verão pela empresa gestora da central nuclear, a TEPCO.
Tóquio anunciou esta semana que vai levar o caso à Organização Mundial do Comércio, por considerar que Seul baseia a sua decisão num juízo "irracional" e não em provas científicas.
O objetivo das investigações que serão realizadas pelo Japão em conjunto com países vizinhos é dissipar as dúvidas sobre os efeitos da libertação de radiação pela central sobre a pesca e o fundo marinho.
Tanaka explicou na segunda-feira que um grupo de especialistas da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) vai liderar as equipas de investigação dos diferentes países.
Na última visita que realizou ao Japão, o presidente da AIEA, o japonês Yukiya Amano, recomendou que a Autoridade de Regulação Nuclear japonesa criasse uma equipa de investigação multinacional para que países vizinhos pudessem obter dados em primeira mão sobre os efeitos do desastre no oceano Pacífico.
A TEPCO reconheceu este verão que a central de Fukushima libertou cerca de 300 toneladas de água contaminada para o mar, na sequência do acidente de março de 2011, que mantém deslocadas cerca de 52 mil pessoas que viviam nas imediações da central e afetou gravemente a agricultura, pesca e criação de gado.