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Militantes da Greenpeace escalam fachada da Sagrada Família em Barcelona

Militantes da organização ambientalista Greenpeace escalaram hoje a fachada da basílica Sagrada Família em Barcelona, Espanha, exibindo faixas com frases a exigir a libertação dos membros da tripulação do navio da organização detidos na Rússia desde setembro.

TONI ALBIR
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A ação de protesto envolveu cerca de 10 ativistas da organização internacional.

Numa das fachadas da basílica, obra emblemática do arquiteto catalão  Antoni Gaudí, os militantes, suspensos em cordas, exibiram faixas que mostravam  fotografias dos 30 ativistas e colaboradores da organização ecologista que  estão detidos na Rússia e a palavra "Liberdade" escrita em inglês, espanhol  e catalão.  

Os ativistas permaneceram suspensos durante cerca de três horas. 

"Escolhemos a Sagrada Família porque é conhecida em todo o mundo. Queremos  transmitir a nossa mensagem de liberdade dos nossos companheiros para o  mundo inteiro", afirmou o porta-voz da Greenpeace em Barcelona, Luis Ferreirim.

O "Arctic Sunrise", navio da organização não-governamental ecologista  com pavilhão holandês, foi apresado no passado dia 19 de setembro por comandos  da guarda costeira russa, depois de os ativistas da Greenpeace terem tentado  escalar uma plataforma do gigante russo do gás Gazprom, no Mar de Barents  (Ártico russo). 

Os ativistas estavam a protestar contra a exploração petrolífera no  Ártico. 

O navio seria depois rebocado até Murmansk (noroeste da Rússia) e a  tripulação, composta por 28 militantes da Greenpeace e dois jornalistas,  foi colocada em prisão preventiva durante dois meses. 

No início de outubro, os 30 membros da tripulação, de 18 nacionalidades  diferentes, foram acusados formalmente de "pirataria em grupo organizado".

A 23 de outubro, a justiça russa decidiu reduzir a acusação contra tripulação,  passando de "pirataria" para "vandalismo". 

Segundo a lei russa, o crime de "vandalismo" é passível de uma pena  até sete anos de prisão. 

Desde setembro, o caso "Arctic Sunrise" tem suscitado uma vaga de protestos  em vários países. 

A 5 de outubro, milhares de pessoas em diversas cidades, como Londres,  Helsínquia, Paris, Estocolmo ou Viena, manifestaram o seu apoio aos ativistas  detidos na Rússia.

Lusa